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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Não quero mais ser evangélica...

Sou evangélico, no sentido original da palavra. Evangélico é quem crê e está comprometido em viver o Evangelho (Boas Notícias) do Reino de Deus.
Mas é triste ver como o termo evangélico teve seu significado alterado, distorcido e corrompido. É possível ser “evangélico” e viver sem nenhum compromisso com a Palavra de Jesus. Se é pra ser chamado de evangélico da mesma forma como o termo é usado hoje em dia, não quero mais ser chamado assim. Afinal, o termo evangélico não está na Bíblia mesmo. Que me chamem apenas de cristão ou discípulo de Jesus.
Quero postar aqui um resumo de um texto escrito pelo Ariovaldo Ramos que expressa muito bem o que anseio para a Igreja:

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“… Ser evangélico, pelo menos no Brasil, não significa mais, ser praticante e pregador do Evangelho (boas novas) de Jesus Cristo… .
Não quero mais ser evangélico! Quero voltar para Jesus Cristo, para a boa notícia que Ele é, e ensinou. … Voltemos à consciencia de que o caminho, a verdade e a vida é uma pessoa e não um corpo de doutrinas e/ou tradições, nascidas da tentativa de dissecarmos Deus; de que, estar no caminho, conhecer a verdade e desfrutar a vida é relacionar-se intensamente com essa pessoa: Jesus de Nazaré, o Cristo, o Filho do Deus vivo. … Não quero a espiritualidade que se sustenta em prodígios, no mínimo discutíveis, e sim, a que se manifesta no caráter.
… Voltemos à graça, à centralidade da cruz, onde tudo foi consumado. Voltemos à consciência de que fomos achados por Ele, que começou em cada filho Seu algo que vai completar; voltemos às orações e jejuns, não como fruto de obrigação ou moeda de troca, mas, como namoro apaixonado com o Ser amado da alma resgatada.
Voltemos ao amor, à convicção de que, ser cristão, é amar a Deus acima de todas as coisas e, ao próximo, como a nós mesmos; voltemos aos irmãos, não como membros de um sindicato, de um clube, ou de uma sociedade anônima, mas, como membros do corpo de Cristo. Quero relacionar-me com eles como as crianças relacionam-se com os que as alimentam, em profundo amor e senso de dependência; quero voltar a ser guardião de meu irmão e não seu juiz. Voltemos ao amor que agasalha no frio, assiste na dor, dessedenta na sede, alimenta na fome, que reparte, que não usa o pronome “meu”, mas, o pronome “nosso”.
Para que os títulos: pastor, reverendo, bispo, apóstolo, o que estes significam se todos são sacerdotes? Quero voltar a ser leigo. Para que o clericalismo? Voltemos, ao sermos servos uns dos outros aos dons do corpo que correm soltos e dão o tom litúrgico da reunião dos santos; ao, “onde dois ou três estiverem reunidos em meu Nome, eu lá estarei” de Mateus 18.20. Que o culto seja do povo e não dos dirigentes - chega de show! Voltemos aos presbíteros e diáconos, não como títulos, mas, como função: os que, sob unção da igreja local, cuidam da ministração da Palavra, da vida de oração da comunidade e para que ninguém tenha necessidade, seja material, espiritual ou social. …
Para que os templos, o institucionalismo, o denominacionalismo? Voltemos às catacumbas, à igreja local. Por que o pulpitocentrismo? Voltemos ao “instruívos uns aos outros” (Cl 3.16).
Por que a pressão pelo crescimento? Jesus Cristo não nos ordenou a sermos uma Igreja que cresce, mas, uma Igreja que aparece: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus“. (Mt 5.16). Vamos anunciar com nossa vida, serviço e palavras “todo o Evangelho ao homem… a todos os homens”. Deixemos o crescimento para o Espírito Santo que “acrescenta dia a dia os que haverão de ser salvos”, sem adulterar a mensagem”.




Fonte>>>http://andersonpaz.wordpress.com/

Um comentário:

  1. .
    Misericórdia, e paz, e amor vos sejam multiplicados, Lyah Santos.

    O mais interessante é que se arrumam muitas nomenclaturas, como afirma o texto: evangélicos, 'me chamem apenas de cristão ou discípulo de Jesus'

    Mas, o difícil é encontrar os que querem ser chamados de CRENTES!

    "... e não sejas incrédulo, mas crente." (João 20.27)

    "Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes." (Gálatas 3.22)

    "Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação." (1Coríntios 1.21)

    Fraternalmente.

    James, presbítero.
    Jesus, o maior Amor
    ...
    ..
    .

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